há riscos
na terra e no céu
relâmpagos e coriscos
os homens e os filhos dos homens
e todas as gerações
jazem sob os próprios escombros
e se assombram
com o resultado pútrido dos seus atos
a ética à morte em fatos consumados
amargo fado inevitável
de quem vive sem viver
e as urnas serão obesas
de votos mancos e cegos
traçando escolhas espúrias
para o destino geral
deste carnaval fora de hora
em blocos de frustração
com mui nobres trambiqueiros
sanguessugas, mensaleiros
e palhaços sem pintura
muita banha na cintura
nenhum bem no coração
apenas na algibeira
desculpas esfarrapadas
e a mentira deslavada
(nunca perder a mamata)
pra ganhar a eleição
eleitor, ainda é tempo!…
arquivos do mes de setembro, 2006
eleitor, ainda é tempo…
mal entendidos
Pela existência afora vamos encontrando pessoas. A grande maioria apenas passa, mas um número significativo delas se tornam conhecidos, colegas, cooperadores. São flashes de luzes que faiscam ocasionalmente e enfeitam a vida. Mas existem algumas poucas pessoas em particular que balançam as nossas estruturas, se encastelam em nossa história, se amalgamam conosco e fazem o nosso enredo ganhar novos ingredientes quando passam a contracenar conosco. Fazemos juntos dramas e comédias. Como fica rica a nossa caminhada por conta dessas pessoas que passamos a chamar de amigos. Tenho poucos amigos porque a amizade é um sentimento exigente demais para ser alguma coisa de atacado – de quantidade. Amizade rima com qualidade. Amo os meus poucos amigos e sinto muita dor na alma quando algum mal entendido consegue estremecer anos de afeto acumulado em amizade. Mas, infelizmente, isto às vezes acontece. Então, resta esperar que tudo se clareie e se resgate o valor da amizade machucada. Pena que alguém provavelmente não vá ler estas linhas e entender de perto o meu lamento!
canto pueril
quando espinhos se machucam
quem mais sofre são as pétalas
rola o tempo inevitável
só se notam cicatrizes
pois a dor acre bandida
em camadas esquecidas
não preciso me lembrar
vou buscando os unguentos
pra lançar no esquecimento
feito rio rumo ao mar
voa, voa livre passarinho
abandona o antigo ninho
na maior felicidade
de ter asas e voar…
segue em frente
esquece o ninho
e então devagarinho
esquece o pranto, arrisca um riso
e tudo o mais que for preciso
voa em um céu de brigadeiro
esqueça meu paradeiro
deixe as asas te levar…
-
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