Palavras quase sempre são pronunciadas ao desejo de concretizar o abstrato ou de abstrair o concreto. As palavras que merecem ser ouvidas realmente fazem isso. As outras soam como ruídos inexpressivos e não se deve perder tempo em decifrá-las. Quando amamos escolhemos as palavras para acariciar a pessoa amada, quando odiamos desferimos as palavras feito setas tentando cravá-las no peito da pessoa alvo de nossa agressividade. Tais palavras assim desferidas geralmente ricocheteiam e voltam virulentas causando em nós mesmos as piores feridas. Não vale a pena o sentimento que as gera, não valem a pena palavras desta forma desferidas. Um bom conselho é cuidar-se, curar-se das feridas e esquecer, sem ódio, as pessoas que procuram transtornar a nossa vida… Só amar, verdadeiramente, vale a pena.
arquivos do mes de outubro, 2008
momento
estático confuso e pragmático
sem concessões me deixo rebocar
flutuo incerto o rio caudaloso
verdadeiro tsunami deste mar
mas o movimento é nas entranhas
plácido lago na superfície do olhar
as velhas perguntas sem respostas
martelam insistem sem jamais calar
como quando quem onde porque
quantos erros cometidos
quantas lutas perdidas
quantas vezes ainda
esse momento
e o lamento
só…
reversos
vejo fantasias no âmago do real
vivo de desejos e ensejo passos
do vôo que só alço no campo imaginário
e aí aspiro o concreto no mais abstrato
fruto do contrato entre mim e o meu igual
que sou eu e o meu contrário do espelho
numa luta desigual
azáfama da vida
cumprida curtida fingida
sempre e nunca
em performances dissonantes
que revela ao próprio ser
o seu enigma vital
o que é
o que foi
o que será
ou não…
das mônadas
Complicado estudar filosofia já na puberdade da velhice. Definem-se na vida tantas certezas que viram pó quando se as cogita na órbita filosófica. Spinoza me fez pensar no tempo perdido da existência e agora estou avaliando alguns textos do Leibniz que, se entendi direito, afirmam que eu não passo de uma mônada. Depois de Descartes e o seu “Penso, logo existo” já não tenho mais certezas sobre muita coisa. E se apenas eu existir e tudo o mais for apenas imaginação?! Vai que nem mesmo eu exista e apenas esteja presente num sonho alheio! Sempre pensei ser meio louco, agora começo achar que não sou só meio…
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