antes da nova estação
depois do fim do verão
é sempre tempo de amar
porque o tempo cobra
os afetos ausentes
os medos inclementes
e a dor inútil
mas nos devolve com juros
todo gesto amigo
e todo expor ao perigo
depende qual a escolha
e eu hei de prosseguir
sem tirania das bússolas
sem mapas escondidos
sem máculas na mente
deixando que o vento leve
e que venha a chuva e lave
toda a nudez da alma
e me deixe navegar…
arquivos do mes de janeiro, 2010
seguindo avante
ao nível do mar
aspiro a redenção
e se puder a quarta dimensão
meu ego desinflado
flanando como um raio domesticado
iluminando as manhãs
de todas as feiras
e dos finais de semana
enquanto é férias
perduro singular
multiplicando as vidas
como nos games infantis
explorando as encostas
a te levar nas costas
aonde quer que vás
sempre ascendendo
embora o corpo envelheça
e a tez padeça
e enquanto o tempo corre
no verso rejuveneço
e não padeço ao flutuar
nível do céu, depois da terra
por fim do mar…
eterna criança
os estilhaços que se alojam na alma
numa noite quente ou numa tarde calma
podem se mexer
e quando isso acontece
a dor irrompe feito um maremoto
produzindo gemidos inconfundíveis
e doses maciças de analgésicos
o sono então é doentio
e mil delírios tomam conta
onde está a mãe que se foi
onde está seu unguento perfeito
o seu acalanto
o calor do seu peito?!
o ser humano
é uma eterna criança…
caminho
os ciclos me reciclam
e enquanto o tempo envelhece
surgem tenras personagens
a preencher de vida
o horizonte da gente
reduzo expectativas
baixo a guarda
e o medo da ferida
esqueço o desempenho
e já não proponho
não amparo pretensões
não me abalam presunções
apenas navego os sentidos
descobri que assim me refugio
das tempestades
e me abrigo
nas calmarias que há em mim
improviso palavras
embalo pensamentos
e não faço juramentos
apenas sutil caminho
ensaiando distraído
cada passo em meu lugar…
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