.
me embebe a letargia
destas tardes quentes
destas noites frias
sempre pálido no outono
embriagado de sono
vinde logo me ninar
me faz adentrar nos sonhos
em nostálgicos sentidos
no mergulho em teus olhos
ou na réstea do luar
se me acordas de acordo
de amores me transbordo
até a manhã chegar
depois foges à rotina
e entre tédio e agonia
vivo espiando a esquina
porque minha alma vadia
conhecendo a própria sina
te aspira ao fim do dia
como a areia espera o mar…
arquivos do mes de maio, 2011
amanhã
ah mente
Os motivos variam de pessoa a pessoa, isso é certo, mas convenhamos que ao menos alguma razão em comum existe para cada decisão tomada, independente do indivíduo que a tome. Um sujeito egoísta é capaz de mirabolar mil planos para obter em causa própria um objeto de desejo, enquanto que o altruísta faz o mesmo para oferecer este objeto – e muitas vezes o faz em favor do egoísta que disso muito bem sabe se aproveitar. O que há de comum entre ambos é a capacidade de empenhar-se para a consecução dos respectivos objetivos, no caso, viabilizar um objeto de desejo.
Um sujeito maduro planeja com calma suas ações mensurando acuradamente os prós e contras antes de tomar as decisões. Tomando-as, entretanto, metodicamente as executa obedecendo o processo natural que costuma ter começo, meio e fim. Já o sujeito imaturo não planeja as ações, executa-as todas improvisadamente e nem sempre seus atos são executados na mesma dinâmica processual já que ele vai logo para os finalmente, utilizando-se de quaisquer meios justificados pelos fins almejados.
Este meu discurso insano poderia continuar por muitas linhas a elencar exemplos onde prevalece o nonsense paralelamente ao certinho ou politicamente correto mas aonde eu chegaria além do ponto em que já cheguei?!
O que vale ressaltar é a certeza de que as motivações humanas são as mais variadas e, no entanto, por detrás de cada uma delas existe um sujeito com capacidades cognitivas plenas ou precárias, com mentalidade adulta ou imatura, com desejos egoístas ou altruístas. Há sempre um sujeito em relação a todo objeto, exceto quando se trate de um objeto que não interessa a qualquer sujeito. Então você que chegou até aqui, se conseguir, durma com um barulho destes!
atônito
.
se adentras minha ótica
eu me torno catatônico
o movimento platônico
vem riscar minha gramática
e emudece a fonética
enlouquece toda lógica
aspiro enlace frenético
numa fusão metafísica
superando as leis da física
até que uma buzina
do carro virando a esquina
me tire desse torpor
e pra não morrer de amor
já que a vida continua
é preciso despertar
sair do meio da rua…
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