Em períodos eleitorais os políticos são submetidos ao julgamento dos eleitores que podem elegê-los como seus mandatários ou condená-los ao ostracismo dos “sem mandato”. E dentre os políticos, para aqueles que são colocados no banco dos réus da História existirão advogados de defesa procurando provar sua inocência e os promotores que buscam condená-los. Se no vagaroso Tribunal da História só há um juíz, a própria História, no célere tribunal da urna eleitoral a sentença cabe exclusivamente ao eleitor.
A máxima que sempre adotei para as pessoas em geral, é que todos são dignos de confiança até provarem o contrário. Mas para os políticos, em particular, minha máxima se inverte: desconfio de todos até que me provem serem dignos do meu voto de confiança. E a cada eleição o processo se renova porque geralmente a confiança depositada já se esvaiu completamente…
arquivos do mes de agosto, 2012
Política, políticos e politicagens
ferrugens do tempo
É instigante pensar que a vida se renova matando o tempo e tudo o que ele toca. O tempo é como um Midas às avessas. A ferrugem, as rugas, as ranhetices, tudo vai se implantando conforme o tempo passa. Enquanto isso, de prenhez em prenhez vão surgindo novas pessoinhas a ocupar espaços envelhecidos e os rejuvenescendo e fazendo com que o brilho da sua meninice e juventude substitua a opacidade antiga. O processo todo se preenche de prazer e dor, num balanço contínuo a revelar os prós e contras do existir. Para alguns o prazer é a instância dominante e a vida é feita majoritariamente de sorrisos, mas para outros o martírio do sofrer parece o seu destino e aí a força de um mistério indecifrável nada mais nos deixa conhecer.
estilhaços
.
estilhaços de pensamentos sobrevoam mentes vazias
estampidos imaginários pipocam minha cabeça oca
se ouvem os ruídos do silêncio tenso feito um estilingue
breques de samba e de caminhões enferrujados
bastiões encastelados vão evoluindo na avenida
um louco, um mendigo e um transeunte empertigado
e o bumerangue do tempo em eternas repetições…
fim de tarde e o dia já adormece na boca da noite
para que dragões despertem em nossos sonhos
e o mocinho bandido roube princesas do castelo
não há visão nesse olhar tão doentio
nada de brisa ou temporal neste embornal vazio
só estilhaços dos meus pensamentos mais sombrios…
palavras soltas ao vento
.
Debaixo das pestanas os cílios se flagelam impunemente nas horas de vigília, algo que o par de olhos normalmente já não vê.
Entre o certo e o errado tem o errado em cima do muro.
Embora tenha uma identidade, sou um cidadão anônimo.
Quando cito alguém, a menção aparece entre aspas. Quando me cito me sinto no direito de não declinar a fonte.
Não me provoque se não quer desfrutar da minha ranhetice.
Quando sinto raiva daquelas de babar, até eu saio de perto de mim.
A vida só será longa para quem souber rir e se espreguiçar.
O pensamento pode ser um réptil de movimentos aleatórios que não dorme em arapucas.
O homem sucinto não perde o tempo dos outros.
Só quem tem a mente árida vive reclamando do tempo seco sem ir atrás da água para se molhar.
Todos os fantasmas se expressam na escuridão. E se há vários tipos de fantasmas é porque também há mais de um tipo de escuridão!
Perder faz parte do jogo. Mas só a vitória é doce!
Avançar na vida não significa necessariamente sair do lugar em que se está.
Também há vantagens na ignorância embora o ignorante ignore.
Que a gente goste ou não, o tempo passa sem pedir licença.
Quem pensa que é muita coisa, geralmente não é nada, mas quem pensa que é nada, raramente se engana.
Enquanto uivam os ventos, nós, os lobos não dormimos.
Vivo no agora experimentando o presente mesmo que as coisas boas do presente precisem ser resgatadas em algum lugar do passado.
(Algumas frases aleatoriamente reunidas de minhas publicações esparsas no Facebook)
luz & sombras
.
Minha sombra me assombra
todo dia de noite.
Nunca enquanto ainda é dia
e a luz do sol alumia.
No pesadelo da escuridão da noite
sonho a alvorada despertando
ao ciclo de um novo dia…
-
Meta
memória
- janeiro 2014
- novembro 2013
- março 2013
- janeiro 2013
- dezembro 2012
- novembro 2012
- outubro 2012
- setembro 2012
- agosto 2012
- julho 2012
- junho 2012
- abril 2012
- fevereiro 2012
- dezembro 2011
- novembro 2011
- outubro 2011
- agosto 2011
- junho 2011
- maio 2011
- abril 2011
- março 2011
- fevereiro 2011
- janeiro 2011
- dezembro 2010
- novembro 2010
- outubro 2010
- setembro 2010
- agosto 2010
- julho 2010
- junho 2010
- maio 2010
- fevereiro 2010
- janeiro 2010
- dezembro 2009
- outubro 2009
- setembro 2009
- agosto 2009
- julho 2009
- junho 2009
- maio 2009
- abril 2009
- março 2009
- fevereiro 2009
- janeiro 2009
- dezembro 2008
- novembro 2008
- outubro 2008
- setembro 2008
- agosto 2008
- julho 2008
- junho 2008
- maio 2008
- abril 2008
- março 2008
- fevereiro 2008
- janeiro 2008
- dezembro 2007
- novembro 2007
- outubro 2007
- setembro 2007
- agosto 2007
- julho 2007
- junho 2007
- maio 2007
- abril 2007
- março 2007
- fevereiro 2007
- janeiro 2007
- dezembro 2006
- novembro 2006
- outubro 2006
- setembro 2006
- agosto 2006
- julho 2006
- junho 2006
- maio 2006
- abril 2006
- março 2006
- fevereiro 2006
- janeiro 2006
- dezembro 2005
- novembro 2005
- outubro 2005
- setembro 2005
- agosto 2005
- julho 2005
- junho 2005
- maio 2005
- abril 2005
- março 2005
- fevereiro 2005
- janeiro 2005