Me dei conta – na verdade sempre penso nisto – que a linha do tempo é uma sucessão interminável de muitos “agoras” que se nos apresentam como os únicos momentos sobre os quais podemos atuar diretamente. O momento passado e o próximo instante – ambos estão fora do nosso controle, um por já ter passado e o outro por ainda não ter chegado. Mas mesmo o agora é dinâmico demais e impossível de ser retido, e assim se vai passando de agora em agora os momentos que vão se transformando em passado, como o rolo de um filme que vai se cumulando de camadas enquanto um novo agora é repetidamente aguardado. Entre angústias e aflições, alegrias e ilusões, ansiamos pelos bons momentos e cravamos no único instante vivido de cada vez, toda a nossa expectativa em vivenciá-lo como um momento digno de ser eternizável e que torne definitivamente feliz a nossa trajetória – uma verdadeira vida bem aventurada.
arquivos do mes de agosto, 2010
perspectiva malsã
Amanheci com um pensamento renitente e indigesto: e se todas as minhas torcidas – como parecem – sofrerem os efeitos da lei de Murphy e tudo acontecer ao contrário do que espero?! Como então me sentirei, como ficará esta nação, como será o seu futuro?! A Venezuela é aqui? Um novo PRI se insinua? – bastidores ao partido pretendente e aos lhe estão acoplados não faltam! A realidade nua e crua é que o midas do voto está levando tudo de roldão e não há oposição pois a que há não é e a que poderia ser ainda não tem consistência… Talvez esteja errado e tudo continue andando ao sabor das estações que se sucedem sem que as marolinhas se transformem em tsunamis, sem que a brisa se transforme em furacão ou que o sonho vire pesadelo. Mas tenho as barbas de molho, pois o temor de falsos messias e verdadeiros aiatolás – convenhamos – é preciso tê-lo…
não haverá
…
livre-nos das pedras no caminho
porque sempre ficam lá
8 anos
12 anos
muitos anos sem mudar
aqui e ali, lá e cá
se sozinhas não saírem
o povo volta dará
mudando um dia o caminho…
porque tal ventura é própria
dos livres no caminhar
das escolhas às esquinas
a turba em sanha e avalanche
ora erige ora o desmanche
maiorias, minorias
livrai-nos das ditaduras
das massas ensandecidas
de ódio enfurecidas
capazes de massacrar…
pétalas
Como uma abelha atarefada ouso alguns vôos libertários procurando novas flores donde extrair o mel. Se a rotina mói as pétalas, delas retira o que há de mais tênue e belo para formar os favos que encantam qualquer paladar. O que dizer destas flores? Como não abençoá-las?!
São pessoas ao nosso redor cujos rostos nos impregnam a alma de tal forma que nem mais as notamos com precisão. Mas estão ali para o que der e vier… torcem e caminham conosco perfazendo e construindo a estrada por onde conduzimos a existência.
Quando em vez é bom oferecer-lhes flores ou sorrisos gentis. Um gesto de carinho e atenção… Como é bom ter estas pétalas disponíveis do nosso lado!
Carta ao PSDB
Caros líderes tucanos.
Sou um eleitor do PSDB desde a fundação do Partido, mas preocupado confesso que já fui muito mais entusiasta.
O PSDB, após o exercício do poder em suas diversas esferas, parece não ostentar mais aquela bravura de um Mário Covas ou um Franco Montoro em seus gestos de grandeza, ou ainda de líderes de outros partidos como Ulisses Guimarães ou Teotônio Vilela, passando atualmente a ocupar apenas o lugar-comum da política em que prevalece o interesse particular ao coletivo, priorizando a carreira política solo aos interesses do Partido.
E que esdrúxulas contas muitos candidatos fazem nesta hora!!!
Como pode ser que o Serra nas pesquisas mais recentes esteja num patamar tão inferior como candidato à presidência, considerando-se apenas o Estado de São Paulo, do que o Alckmin para o governo paulista? Isso não é sintomático de uma falta de sintonia programática e afinidade ideológica?!
Como pode ser que o Aécio, preterido em sua candidatura à presidência, tenha recusado constituir uma chapa puro-sangue, candidatando-se a vice-presidente?!
Enquanto isso o governo e seus aliados dão lição de unidade – independentemente da forma como ela é construída – e nadam de braçada ameaçando a vitória do Serra que em princípio parecia favas contadas.
É preciso juntar os autênticos líderes do partido em uma reunião que defina novos rumos para essa campanha, sob pena de um rotundo naufrágio eleitoral – quiçá já no primeiro turno.
Lamentável para o PSDB e mais lamentável ainda para o país cujos próceres de maior renome não tem uma visão para além do próprio umbigo!
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