H@ vida depois dos 60

…com pensamento, opinião e poesia em doses homeopáticas…

bom dia

      Quem me vê e enxerga uma imagem de pessoa equilibrada, não vê, contudo, o lastro da história que me trouxe até esse ponto da minha trajetória. Não, não estou pretendendo vitimizar-me – apenas tento utilizar um processo indutivo para chegar a uma generalidade: um retrato atual revela apenas a superfície de alguma situação ou pessoa, não é o ser de alguém que ali se encontra revelado. A busca do equilíbrio pressupõe superações, risos e lágrimas, altos e baixos. A dor eventual é um lastro a garantir um tal equilíbrio. Quem não sofreu ou não sofre alguma dor ocasional? Há quem sofra diturnamente e há até quem cultive um tanto a própria dor. Longe de mim tal escolha, o que eu procuro é o linimento apropriado para cada circunstância causadora de sofrimentos. Procuro eu mesmo ser bálsamo para as pessoas que me rodeiam. Nem sempre o consigo, é certo. Mas continuo insistindo nas tentativas. Também já não me mantenho refém da culpa pelos erros cometidos, como não sucumbo ao canto da sereia dos elogios aos eventuais acertos. Alguma sapiência adquirida com o passar do tempo me ensina que o melhor para se viver bem é viver bem um dia de cada vez. A bíblia – a melhor referência humanística que conheço – o ensina: a cada dia basta o seu cuidado. Me esforço, pois, para ter um bom dia de vida a cada vez! Que bom se o foco de ao menos um olhar iluminar-se com mais estas linhas ainda tecidas no escorregadio limiar da pieguice intimista.

pensado por Tarciso Comente   

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