As enxurradas tem levado muitas coisas rio abaixo. Sempre acontece isso entre dezembro e janeiro. Além do óbvio sofrimento das vítimas diretas – com muitas mortes e perdas materiais, observa-se que os ciclos da natureza não são compreendidos, respeitados e assimilados pelo ser humano. Uns se instalam em áreas alagadiças por falta de opções somada à ignorância, outros – os que gerem a coisa pública – assistem passivos à inclemência das intempéries e ainda aparecem como pretenso salvadores da pátria frente às câmeras em momentos de calamidades para em seguida placidamente repousarem em seus leitos sempre limpos e bem cheirosos. Planejamento, urbanização, realocação de moradias para os que vivem em áreas de risco – disso não se fala e muito menos se faz. E não se diga que nada há para fazer… há sim, e muito. E o que se pode fazer nem demanda um rio de recursos – mesmo com pouca verba mas com muita vontade política se pode realizar muitas mudanças estruturais nas cidades, especialmente naquelas intensamente povoadas onde é fácil instalar-se o caos e onde, invariavelmente, se instalam as más gestões sucessivas que simplesmente costuram obras de caráter cosmético onde as soluções reclamam medidas estruturais… e na hora do voto o que fazemos?! Botamos lá de novo estes mesmos incompetentes de sempre com a coisa pública mas que sempre se revelam surpreendemente capazes com a privada…
22
dez
coisa pública & privada
pensado por Tarciso (1) Comentário
um comentário para “coisa pública & privada”
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Tarciso
Aqui em Porto Alegre, passaram 4 anos fazendo uma obra para evitar alagamentos em algumas regiões da cidade. Foi um inferno a tal obra, mas a gente pensava: vale a pena, por que vai melhorar.
Adivinha: recém inaugurada a obra, fui passar tranquilo por uma das avenidas beneficiadas, numa noite de chuva, com meu velho santana. Quando vi estava no meio de um rio urbano. Lá se foi meu motor de arranque. Resumindo, gastaram MUITO dinheiro público, infernizaram a vida das pessoas por anos e a privada continua vazando. Só pegando uma nave e se mudando pra Marte, onde já não tem mais água. Mas aí, vão achar um jeito de fazer uma obra para canalizar o pó…