As fases de transição costumam ter múltiplos aspectos, bons e ruins. Do lado ruim, uma das coisas mais significativas é a incerteza em relação aos próximos passos, o que vem a seguir… No meu caso a imaginação precede os fatos e quase sempre os pinta piores do que eles depois se apresentam, trazendo um fardo adicional desnecessário. Duro é me convencer disso enquanto a imaginação ganha asas e voa construindo panoramas sombrios.
Do lado bom vem a percepção de que costumamos nos subestimar e as mudanças que sobrevém nos obrigam a agir superando obstáculos que supúnhamos intransponíveis. Se no início do processo a estima se torna rasante, depois que ele se instaura plenamente a auto estima tende a ascender rapidamente – isso na medida que nos percebemos capazes de vencer os desafios que a realidade nos apresenta..
Claro que estou falando de um capítulo ainda em andamento, mas já me sinto autorizado a resgatar meu costumeiro otimismo. Creio que sobreviva à esta transição para a aposentadoria sem maiores traumas e quiçá me encontre em condições emocionais melhores que tinha no início desse processo, ainda que às custas de uma impactante redução no orçamento.
(* expressão do direito romano que significa: a cada um o que é seu)
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